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Confecom abre espaço para discutir Comunicação

18 dezembro, 2009

A Confecom terminou e pode-se considerá-la um sucesso. Durante quatro dias, de 14 a 17 de dezembro, mais de 1.600 delegados estiveram reunidos em Brasília para discutir os rumos da comunicação no Brasil, na Conferência Nacional de Comunicação. Apesar do boicote da grande imprensa, que não deu a mínima pro evento, conseguiu se discutir e aprovar projetos muito importantes para a democratização da comunicação.

Infelizmente, a Confecom não tem caráter deliberativo, e os projetos não vão entrar em vigor em função das decisões tomadas lá, mas foi formulado um relatório que será enviado ao Congresso Nacional. Esse, sim, tem poder de deliberar e mudar o rumo da comunicação. E fará isso sob pressão, depois de a sociedade ter discutido e praticamente entrado em consenso.

A importância da Confecom se dá, então, pela discussão que se travou, em que ficou claro que os interesses convergem, e que deve haver políticas públicas de comunicação que ampliem o acesso da população aos meios de produção e distribuição. Os que divergiam, a grande maioria das grandes empresas, retiraram-se, mostrando-se intransigentes e não abertos ao diálogo.

Os que ficaram progrediram muito, inclusive com a participação do presidente Lula. A Conferência abriu um espaço para se discutir comunicação. Um espaço até então inexistente e fundamental. Mesmo que as propostas não entrem em vigor, agora é possível discuti-las, para avançarmos no futuro. Para o sociólogo e professor da USP Laurindo Leal Filho, que participou ativamente do evento, a Confecom “conseguiu fazer em quatro dias, em termos de análise crítica e propostas consistentes, mais do que se fez nos últimos 80 anos”.

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