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Esquerdas da América Latina, por Emir Sader – parte 2

16 novembro, 2009

Emir Sader criticou Lula por não ter acabado com três coisas: a hegemonia do capital financeiro, do agronegócio e da mídia oligárquica. Apesar disso, ressaltou que houve uma evolução muito grande, que o governo fez muitas coisas boas, a começar por aquelas duas características comuns a todo a esquerda do continente: integração regional e políticas sociais. Além disso, acabou com a combinação de particularismo com oportunismo, que reinava antes de seu governo.

Alertou para as tentativas da direita de dividir a esquerda. A política do PSDB é de aliança com o norte do mundo, não de aliança regional. Para eles, disse, tanto faz eleger FHC, Serra ou Alckmin. Eles têm uma estrutura de poder. A esquerda personaliza, no Brasil e nos outros países. Mas Emir Sader ressalta que não é vergonha ter um lider popular. Ele é um instrumento para instituir um poder orgânico, que independa do líder.

Em suas considerações finais, Emir Sader disse que a Venezuela, a Bolívia e o Equador têm o socialismo 20080924_mural-venezuela-socialista1do século XXI como objetivo, mas ainda são sistemas capitalistas. Só que apresentam a tendência a um papel cada vez mais predominante do Estado.

Sobre Honduras, disse que defende a volta de Zelaya, mas que ela vai ser muito funcional para a política norte-americana de normalizar as relações com a América Latina.

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